A seca e outros problemas climáticos têm impactado severamente a produção rural. No sul de Mato Grosso do Sul, por exemplo, a falta de chuvas já causou perdas de 30% a 40% na produtividade, gerando grande preocupação entre os produtores. A última safra (2023/2024) também registrou prejuízos significativos, agravando a situação financeira de muitos agricultores.
Os produtores rurais vêm enfrentando anos desafiadores, marcados por:
- Problemas climáticos recorrentes;
- Altas nos preços dos insumos;
- Dificuldades na comercialização dos produtos.
Diante das perdas na lavoura, muitos enfrentam dificuldades para quitar financiamentos rurais. Se perceber que não conseguirá pagar na data do vencimento, informe imediatamente a instituição financeira. Avisar antes do prazo é essencial para negociar soluções sem comprometer seu crédito.
Alongamento da dívida rural
Uma alternativa viável é o alongamento da dívida rural, que pode ser solicitado em casos como:
- Frustração de safra devido a fatores adversos;
- Dificuldade de comercialização do produto;
- Ocorrências que prejudiquem o desenvolvimento da atividade.
O alongamento da dívida rural é um direito garantido por lei e não uma concessão do banco. Ao solicitar a prorrogação, fique atento:
- As taxas de juros devem permanecer as mesmas do contrato inicial;
- O prazo de pagamento também deve ser mantido.
Atenção! Prorrogação e renegociação de dívidas são processos diferentes. Informe-se antes de fechar qualquer acordo.
Como evitar maiores dificuldades?
Manter os financiamentos organizados e evitar atrasos facilita as negociações. Caso já esteja em atraso, não se desespere! Busque assessoria especializada em agronegócio antes de negociar com o banco.
A agricultura é um setor de riscos, mas também de oportunidades. Com planejamento e ações estratégicas, é possível superar dificuldades e garantir a continuidade da produção. Não espere o problema se agravar. Busque orientação e tome as melhores decisões para proteger seu futuro no campo.
Mariana Patricia é advogada especialista em Direito do Agronegócio e Tributação no Agronegócio, além de ser Sócia Fundadora do escritório Mariana Patricia Advocacia.